O Blog Minhas Gerais nasceu de uma paixão por escrever crônicas, contos e poesias - apesar de não ter nenhuma formação pra isso. Estarei publicando minhas crônicas, meus contos e minhas poesias. Falarei do cotidiano de minha vida, de meus amigos, das cidades de Minas que amo. O nome Minhas Gerais nasceu com sentido duplo. Minhas Gerais no sentido de falar da "Minas que conheço" e "Minhas Gerais" no sentido de passar de forma "geral" a vida que levo.

Thursday, July 30, 2009

O que não acredito

Não acredito em certezas antecipadas
Não acredito em promessas
Não vejo desejos como conquistas
Nem portas como convites
Tenho convicções que nem sempre são certas
Tenho domínios que nunca foram meus

Não acredito em destino traçado
Nem em olhares por acaso
Enxergo com olhos fechados
Construo imagens com perfeição divina
Tenho proporção entre dor e pena
Não diferencio amor e paixão
E me odeio por isso

Uma noite, me falta coragem
A mesma que me sobrou na madrugada anterior
Outra noite, me falta luz
Mesmo diante de uma fogueira

Vejo demônios onde existem anjos
E vejo anjos onde existe necessidade
Anjos e demônios caminham comigo
Sussurram em meu ouvido
Não brigam, apenas esperam minha decisão

Acredito em sonhos
Já realizei muitos deles
Árvores, livros e filhos
Acredito em caminho certo
Mas gosto de desvios
Gosto de surpresas

Cartões me fazem chorar
Comerciais também
Crianças também
Separação também

Acredito em Deus
Independente da forma que o chamam
Não acredito em religiões que cegam
Nunca acreditei em religiões que matam
Tenho fé do meu jeito
Certo ou errado
Não me interessa – é o meu jeito

Tenho inteligência pra viver bem
Entre amores e sabores
Acredito em trabalho
Mas gostaria de viver por ele
E não viver pra ele
E acredito que o Deus que acredito
Vai virar isso por mim

Sonho com aldeias sem fronteiras
Pessoas sem ódio
E isso é uma utopia
Acredito em utopia
E esse meu delírio pode ser minha glória

Acredito em sorte para o amor
Acredito em viver por amor
Acredito em morrer por amor
E por tudo isso
Acredito em amor – simplesmente amor

Ah, que eu descreva mil vezes minha vida
E mil vezes escreverei o que acredito
O que não acredito

E que eu utilize a filosofia
Pra acreditar mais no homem
No homem que sou
Na existência que tenho
Na realidade que vivo
Na procura que não cansa
Não cansa, não cansa